sábado, 21 de fevereiro de 2009

Postos reclamam de mercados que vendem combustível

Postos reclamam de mercados que vendem combustível Da AE A venda de combustíveis em supermercados, prática largamente utilizada no Grande ABC, por exemplo, tornou-se assunto polêmico Também no Rio de Janeiro. Os tradicionais revendores de combustíveis começam a reclamar com as grandes redes de varejo. A Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) questiona os preços agressivos praticados pelas grandes redes de hipermercados, que seriam atingidos por meio de uma concorrência desleal. "Algumas redes de supermercados conseguem compensar os créditos de ICMS obtidos com a comercialização de combustíveis na compra de alimentos. Isso faz com que estas redes de supermercados pratiquem preços mais competitivos que os demais comerciantes do setor", diz o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda. De acordo com Miranda, a prática não é legal, mas consegue ser posta em prática por algumas redes em "estados em que a fiscalização é menos eficiente". De acordo com levantamento feito pela federação, nas redes de supermercados, o volume médio mensal de venda de combustível é de 700 mil litros por unidade. Nos postos convencionais, esta média é de 150 mil litros. "Esta diferença no volume de vendas é explicada pela diferença de preço. ê uma concorrência desigual", afirma o presidente da Fecombustíveis. As redes de supermercados, no entanto, negam que pratiquem o esquema de compensação tributária e justificam a diferença de preço com os grandes volumes comprados pelas distribuidoras. Em São Paulo, a diferença do combustível vendido nos hipermercados não chega a ser significativa. A maior vantagem para os consumidores está na possibilidade de pagamento com o próprio cartão do varejista e na garantia da qualidade do combustível.