
Maioria dos postos de Marília está cobrando R$ 2,27 e R$ 2,29 pelo litro do combustível
Preço da gasolina caiu a R$ 2,279 em alguns postos, inclusive na região central da cidade
Foto: Ricardo Prado
Uma guerra de preços está beneficiando os motoristas de Marília. É que um estabelecimento instalado na zona sul da cidade baixou seus preços para R$ 2,299 para atrair mais clientes e acabou forçando toda a concorrência a também fazer promoções.
Por causa disso, desde o feriado é possível encontrar gasolina em estabelecimentos de todas as regiões por até R$ 2,279, valor 7,3% abaixo do praticado até a semana passada, quando a maioria dos postos cobrava R$ 2,459 pelo combustível.
Donos de postos ouvidos pelo Diário disseram que estavam perdendo clientes e que por esse motivo resolveram baixar os preços. Com isso, afirmam, não aumentaram as vendas, mas pelo menos conseguiram manter os clientes.
"Estamos cobrando praticamente o preço de custo só para não perder freguesia. E se por aí abaixarem mais o valor, vou ter de fazer o mesmo. Acho que essa ‘guerra’ ainda dura uns 30 dias", diz o gerente de um posto localizado na zona norte da cidade, que comercializa o litro da gasolina por R$ 2,29.
O presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo) em Marília, Alair Fragoso, não acredita que a disputa de preços dure mais de 20 dias e diz que o setor está perdendo dinheiro com as promoções.
"Historicamente, nosso ganho no litro da gasolina é de R$ 0,35 a R$ 0,40. Se o preço cobrado pelas distribuidoras é de R$ 2,10 a R$ 2,15, então a margem de lucro está muito baixa. Quando o pessoal se cansar de perder dinheiro, tudo voltará ao normal", afirma.
Para o consumidor, no entanto, a "guerra" de preços só traz benefícios. O motorista Edson Silva, 43 anos, diz que chega a rodar até 900 quilômetros em um único dia e que está sempre à procura dos menores preços para abastecer seu utilitário. "Tem de procurar, né? Poucos centavos fazem muita diferença para quem roda muito, como eu", diz.
O comerciante José Roberto Santos, 54, concorda com ele. "Eu trabalho com o carro e abasteço quase todos os dias. No final do mês, qualquer economia faz diferença no orçamento. Então, procuro sempre o preço mais baixo."
FONTE: DIARIO DE MARÍLIA 14/04/09